A cirurgia robótica é o que há de mais moderno e avançado em cirurgia do aparelho digestivo no mundo. Assim como a videolaparoscopia, é uma cirurgia minimamente invasiva — realizada com pequenas incisões (menores que 1 cm), por meio de pinças robóticas articuladas comandadas pelo cirurgião, que conduz a cirurgia num console (espécie de computador de comando), ao lado da mesa cirúrgica.

Apresenta inúmeros benefícios em comparação com a videolaparoscopia e com a cirurgia aberta:

-maior precisão e alcance de movimentos das pinças; movimentos controlados, com correção de imprecisões e maior destreza
-manipulação mais delicada dos tecidos, o que leva a menor trauma e dano a esses tecidos e consequentemente menor resposta inflamatória
-visão ampliada em 3D de alta definição, com melhor visibilidade e identificação de estruturas anatômicas e maior controle do campo operatório
-menor risco de lesão a estruturas circundantes à área de trabalho
-menor risco de sangramentos e infecções
-menor risco de complicações gerais
-menor dor no pós operatório
-recuperação mais rápida e alta hospitalar mais precoce
-retorno mais precoce às atividades habituais
-melhor ergonomia ao cirurgião, que trabalha mais confortável e com maior capacidade de concentração
-cicatrizes menores e mais estéticas
-modalidade cirúrgica segura e eficaz

Quais são seus pontos negativos e desvantagens?
A única desvantagem da cirurgia robótica é o seu custo, já que até o momento ainda não está no rol da ANS. Além disso, demanda treinamento e capacitação pelo cirurgião.

A maioria das cirurgias do aparelho digestivo hoje podem e devem ser realizadas pela via minimamente invasiva, pois há vasto embasamento científico que demonstra suas inúmeras vantagens. Não há mais espaço para cirurgia aberta, salvo raras ocasiões.
Caminhamos pelo mesmo rumo em relação à cirurgia robótica — certamente será maioria no futuro, pois já é uma sólida realidade!